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50° comentário: Trainspotting – Sem Limites

Escolha saúde, colesterol baixo, seguro dentário. Escolha prestações fixas para pagar. Escolha uma casa. Ter amigos. Escolha roupas e acessórios. Escolha um terno feito do melhor tecido. Se masturbar domingo de manha pensando na vida. Sentar no sofá e ficar vendo televisão. Comer um monte de porcarias. Acaba apodrecendo. Escolha uma família e se envergonhar dos seus filhos egoístas, que pôs no mundo para substituí-lo. Escolha um futuro. Escolha uma vida. Por que eu iria querer isto? Preferi não ter uma vida. Preferi outra coisa. E os motivos... Não há motivos. Pra quê motivos se tem a heroína? (Renton)


Neste qüinquagésimo e especial comentário de filme, pretendi escolher uma obra singular, não que outras já comentadas não tenham sido, mas acredito que deveria ser um filme marcante, diferenciado e Trainspotting cumpre bem este papel. Um filme polêmico, original, cru, frenético, amargo para alguns, ou com o sabor doce da inebriante liberdade, ou ás vezes, inconseqüente da juventude. O filme é baseado em livro homônimo de Irvine Welsh.
O filme conta a estória de alguns jovens moradores do subúrbio da Escócia, viciados em droga que abdicam da vida monótona e previsível que poderiam ter na sociedade do final de século, e passam apenas a viver para manter o vício em heroína. O diretor nos leva a quartos repletos de drogados semimortos ao lado de bebês, nos faz ofegar em perseguições alucinadas, nos leva a um mergulho insano em uma privada imunda de um pub qualquer do subúrbio esquecido. Mas para aqueles livres jovens tudo isso valia a sensação extasiante provocada pela heroína: “Imagine a melhor gozada que já deu, multiplique por mil e não conseguirá comparar” (Renton - Ewan McGregor ). Tudo isso ao som de uma trilha sonora que embalou muitas raves e baladas naquela década.
Por mais que alguns críticos conservadores tenham dito, este não é um filme que faz apologia ás drogas. Quem em seu perfeito estado racional desejaria viver em um ambiente daqueles? É um filme que tenta trazer retratos de realidades existentes no mundo de muitos jovens, no filme por opção, na vida real quem sabe, por necessidade, abandono, e também por opção.
Trainspotting nos oferece elementos para páginas e páginas de comentários, escrever sobre esta obra prima do cinema só não é tão bom quanto assistir, mas cuidado com a censura de dezoito anos.


Título original: (Trainspotting)
Lançamento: 1996 (Inglaterra)
Direção: Danny Boyle
Atores:Ewan McGregor, Ewen Bremner, Kevin McKidd, Robert Carlyle.
Duração: 96 min
Gênero: Drama

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